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Aspectos Conceituais
Responsabilidade Social Corporativa (RSC) é, atualmente, uma prioridade na gestão de muitas companhias, dentre elas as empresas do Grupo AES no Brasil. O assunto não é novo. Historicamente, os primeiros conceitos sobre o tema remontam a meados do século XVI, na Inglaterra, introduzindo idéias de filantropia corporativa. O conceito mais moderno aparece nos Estados Unidos no início do século XX. [2]
Reuniões internacionais nas décadas de 70 e 80 reavivaram esse tema, que tem como uma das referências o relatório Brundtland (Our Common Future), resultado das
discussões da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nesse documento, desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades (sobretudo as necessidades essenciais dos pobres do mundo). [3]
Na década de 90, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável considerou como bases do conceito de Responsabilidade Social Corporativa o compromisso permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo. A própria formação do Conselho, em âmbito internacional, é um inequívoco indicador da força que ganhou a área de Responsabilidade Social no mundo. O relacionamento entre os chamados stakeholders, segmentos diretamente associados às atividades da empresa, constitui uma nova forma de gestão empresarial.
Nessa perspectiva, o reconhecido Instituto Ethos, do qual a AES Eletropaulo participa e ao qual as demais empresas do grupo AES no Brasil estão por se associar, emerge nos anos 90 como um meio para estimular, de forma sistemática, o envolvimento das empresas com a RSC no Brasil. Para o Instituto, a Responsabilidade Social Corporativa é traduzida como a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. [4]
A maioria dos instrumentos nacionais e internacionais
que tratam da medição da RSC tem em comum a abordagem das dimensões econômica, social e ambiental (o chamado tripple bottom line) e a ênfase em princípios éticos e
de transparência. [5] |
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[2] A esse respeito, ver ALESSIO, Rosemeri. Responsabilidade Social das Empresas no Brasil. Poá: EDIPUCRS, 2004.
[3] The World Commission on Environment and Development. Our Common Future. Oxford: Oxford University Press, 1987.
[4] INSTITUTO ETHOS, 2004.
[5] Os principais instrumen-
tos são
os seguintes: o Balanço
Social, criado pelo Ibase; a
certificação
SA 8000, do
Social Accountability Institute; a metodologia
AA 1000, do Institute of
Social and
Ethical
Accountability; o
GRI
Sustainability Report, da
Global Reporting Initiative;
os Indicadores de Responsa-
bilidade Social, do Instituto
Ethos; e a Norma Técnica de
Responsabilidade Social-
NBR 16001, elaborada pela
Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
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