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Home Desempenho
Econômico-Financeiro |
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Receita |
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A AES Tietê apresentou
desempenho recorde no exercício de 2005. Com plena estabilidade
operacional e a totalidade de sua energia assegurada já contratada,
a receita operacional bruta consolidada atingiu R$ 1,3 bilhão,
montante 28,1% superior ao obtido em 2004.
Ao longo de 2005, o Contrato
Bilateral, que tem tarifa superior à dos Contratos Iniciais,
respondeu por 74,5% do volume de vendas e 81% da receita bruta da Companhia.
Também contribuíram para o bom desempenho do exercício
os reajustes anuais dos
Contratos Iniciais e Bilateral de venda de
energia, de 7,5% em média, a reversão de provisão
no
valor de
R$ 43,7 milhões e o reconhecimento de ativos regulatórios
referentes aos Contratos Iniciais.
A receita líquida atingiu R$ 1,2 bilhão, superando pela
primeira vez a marca de R$ 1 bilhão, desempenho que representou
uma elevação de 24,4% em relação a 2004.
O aumento das alíquotas de PIS e Cofins, que entraram em vigor
nas datas do reajuste de tarifas
dos Contratos Iniciais e Bilateral
ao longo de 2004, elevaram as deduções sobre a
receita
bruta de R$ 69,5 milhões em 2004 para R$ 124,9 milhões
em 2005.
Em função dessa mudança na tributação,
o aumento da receita líquida no ano foi inferior ao crescimento
da receita bruta. |
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Custos Operacionais |
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Os custos operacionais totalizaram R$ 344,9
milhões em 2005, o que representou aumento
de 28,8% em relação
a 2004. As principais alterações aconteceram em decorrência
de: |
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Provisões
Operacionais:
no total de R$ 76,6 milhões em 2005, essas provisões
referem-se ao registro de possíveis
perdas de créditos
relacionados à
Recomposição Tarifária Extraordinária
(RTE), aos ativos aplicados
no Banco Santos e à renegociação
de um contrato de fornecimento de equipamentos.
— Compensação Financeira
pela Utilização
de Recursos Hídricos: com a elevação
da
tarifa de referência em 19,2% e o aumento de 7,6% no volume
de energia gerada,
a conta teve crescimento de R$ 10,0 milhões, ou 28,2%
em relação a 2004.
— Pessoal:
o aumento no número de colaboradores e o dissídio
coletivo de 8,3% aplicado a
partir de julho de 2005 levaram ao aumento
de R$ 5,0 milhões (19,1%) nos
desembolsos com pessoal em 2005.
— Outros Custos:
compensando parcialmente o aumento de alguns itens no
custo da Companhia,
o encerramento da obrigação de pagamento
da taxa de Uso do Bem Público possibilitou a
diminuição
de R$ 15,9 milhões, ou 46,2%, no montante apurado nessa conta. |
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Ebitda |
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O resultado operacional
medido pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação
e amortização) foi de R$ 939,1 milhões em 2005,
com ganho de 20,9% em relação ao ano anterior.
O registro
de maiores provisões operacionais permitiu a redução
de 2,2 pontos percentuais
na margem Ebitda, que atingiu 77,0%. |
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Desempenho Financeiro |
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As despesas financeiras
líquidas da AES Tietê em 2005 apresentaram redução
de 78,1%
em relação ao exercício anterior, totalizando
R$ 64,2 milhões.
O desempenho foi influenciado
tanto pela redução
das despesas como pelo aumento de receitas.
As despesas financeiras acumularam R$ 166,3 milhões, o que equivale
a uma redução de 49,4%
em relação a 2004
e refletem, principalmente, a diminuição na conta de
variação monetária,
de R$ 170,8 milhões
em 2004 para R$ 6,1 milhões em 2005.
A forte variação é conseqüência
da queda no IGP-M, índice que corrige a principal dívida
da
Companhia, e cedeu de 12,42% em 2004 para 1,21% em 2005.
Simultaneamente, as receitas financeiras apresentaram evolução
de 189,9%,
passando de R$ 35,2 milhões em 2004 para R$ 102,0
milhões em 2005,
reflexo do aumento no volume de recursos aplicado
em títulos vinculados ao CDI
(Certificado de Depósito
Interbancário) e das elevadas taxas de remuneração
de 2005.
O saldo de receitas financeiras ainda contabilizou o ganho
com a correção monetária do
saldo a receber da
RTE, no valor de R$ 31,0 milhões. |
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Lucro Líquido |
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No exercício
de 2005, o lucro líquido acumulado alcançou R$ 556,1
milhões, com crescimento de 90,7% em relação aos
R$ 291,5 milhões auferidos no ano anterior.
A margem líquida
atingiu
45,6%, o que representou ganho de 15,9 pontos percentuais em
relação ao desempenho de 2004. |
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Fluxo de Caixa |
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A característica
de forte geradora de caixa da AES Tietê permitiu que o saldo
de caixa ao
final do exercício de 2005 superasse em R$ 305,5
milhões, ou 62,4%, a posição de 31/12/2004,
após
o pagamento de todos os compromissos da Companhia.
Os principais desembolsos
do exercício
foram o pagamento de R$ 321,1 milhões de
remuneração
aos acionistas
e de R$ 130,9 milhões
referente à amortização de dívidas. |
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Endividamento |
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A dívida líquida
da Companhia ao final do exercício totalizou R$ 676,5 milhões,
com redução de
R$ 419,8 milhões em relação à posição
de 31 de dezembro de 2004.
Essa diminuição é resultado
das amortizações de dívidas feitas ao longo
do ano e da maior
disponibilidade financeira,
a partir da forte geração
de caixa e do aumento no
volume de recursos aplicados no mercado
financeiro.
A redução
da dívida e concomitante aumento do Ebitda em 2005 propiciaram
expressiva queda
no grau de alavancagem da Companhia, representado
pelo multiplicador
dívida líquida /Ebitda.
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A AES Tietê não
possui contratos de financiamentos bancários. Seu maior endividamento é representado
por uma confissão de dívida com a Eletrobrás,
herdada com a privatização,
com vencimento em 2013 e
saldo de R$ 1,5 bilhão ao final do exercício de 2005.
Sobre essa dívida incorrem juros de 10% a.a. e correção
monetária pela variação do IGP-M.
A Companhia mantém ainda outro compromisso, também herdado
com a privatização,
junto à instituição
administradora de seu plano de benefícios (Fundação
Cesp).
A dívida FunCesp III, decorrente do contrato de confissão
de dívida para financiamento
de
déficit atuarial, referente
ao Benefício Suplementar Proporcional Saldado (BSPS),
tem vencimento
em 2017. O saldo desse contrato é atualizado pela variação
do custo
atuarial
ou do IGP-DI (dos dois, o maior), acrescida de 6%
a.a.
Em 31 de dezembro de 2005,
o saldo dessa dívida somava
R$ 17,2 milhões, 91,7%
com vencimento no longo prazo. |
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