O desempenho de uma empresa, atualmente, não pode ser
medido somente pelos resultados operacionais, comerciais e
econômico/financeiros. Deve, também, ser avaliado por variáveis
como o suporte dado ao corpo de profissionais, a qualidade do
relacionamento com todos os públicos-alvo e a atenção
dispensada a questões ambientais e sociais, entre outros.
Segmentos que no passado não muito distante sequer
constavam dos manuais de administração, mas que atualmente
são essenciais ao planejamento estratégico. Em outras palavras:
a empresa, cada vez mais, assume-se como parte integrante e
ativa das comunidades em que está inserida.

Sob esse enfoque, o exercício de 2005 foi exemplar para a
AES Tietê. Como ocorreu em anos anteriores, a Companhia
registrou excelentes resultados operacionais e financeiros,
conseqüência, também, da produção e venda de um
volume de energia superior ao previsto. No entanto, o período
foi caracterizado, ainda, pelo salto de qualidade no que se
refere ao comprometimento: com os seus profissionais,
com investidores, poderes públicos, enfim, com todos os
grupos com os quais a Companhia se relaciona.
Comprometimento que, na prática, se traduz em pró-atividade,
transparência e respeito.

Exemplos desta postura não faltam. Passam pelos esforços
concentrados para aumentar a segurança dos nossos profissionais
e da comunidade em relação a acidentes com energia elétrica;
pelo aumento do número de horas e diversificação de treinamentos
ministrados; pelo desenvolvimento de ações culturais e
de responsabilidade social nas comunidades em que a
Companhia está presente; e pelas iniciativas na área ambiental.
A AES Tietê é hoje uma das poucas companhias no País a
ter um projeto para participação no mercado mundial de
créditos de carbono.

Os esforços e ações nestas direções, desenvolvidos em 2005,
estão transcritos ao longo deste relatório anual.
Mas, tão importante quanto o que foi feito, é aquilo que
ainda está por vir. E, aqui, é imprescindível esclarecer:
nenhuma das ações foi adotada isoladamente. Foram, na verdade,
pontos de partida ou passos de meio de caminho. Todas elas,
afinal, fazem parte de projetos e programas de médio e
longo prazo, inseridos no planejamento estratégico da Companhia,
com objetivos claramente definidos. Objetivos que podem ser
resumidos em uma única frase: trabalhar a cultura da
AES Tietê para que, cada vez mais, a Companhia possa
ser avaliada não apenas pelo seu desempenho na área-fim,
mas como integrante ativo da economia e da sociedade brasileiras,
qualquer que seja o ângulo de avaliação.


Eduardo José Bernini
Diretor-Presidente