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Desempenho da Economia
Em 2005, o PIB do Brasil teve crescimento de 2,6%, segundo estimativas do Banco Central.
A taxa de desemprego registrou leve recuo, cedendo de 10,2% em janeiro/05 para 9,6%
em dezembro/05, conforme dados do IBGE. O consumo de energia cresceu 4,6% em relação a 2004,
impulsionado pelo setor comercial, que apresentou alta de 7,2%. Essa evolução fez com que o consumo
de energia elétrica, pela primeira vez desde 2001, retomasse os patamares de antes do racionamento.
Consumo de Energia Elétrica | GWh
Jan|79 a Nov|05
Indicadores
 
 
Selic (1)
Taxa de Câmbio (1)
Valorização Cambial (1)
IPCA (2)
IGP-M (2)
2004
 
18,00
2,34
11,82%
5,69%
1,21%
2005
 
17,75
2,65
8,13%
7,60%
12,42%
(1) Fim do Período
(2) Acumulado do Período
O IGP-M e o IPCA, que fazem parte do cálculo do reajuste dos contratos de energia elétrica,
encerraram 2005 com taxas acumuladas de 1,21% (menor taxa anual em toda a série histórica,
iniciada em 1989) e de 5,69%, respectivamente. A AES Tietê é somente influenciada pelo IGP-M,
uma vez que tanto o preço de venda de sua energia quanto os compromissos financeiros são
reajustados por esse índice.

A Selic, taxa básica de juros da economia, encerrou o ano em 18,00% a.a. A cotação do dólar,
que em 3 de janeiro de 2005 era de R$ 2,67, chegou ao final do ano em R$ 2,34. No acumulado
de 2005, a valorização do real ficou em 11,82%. O desempenho do dólar e da Selic reflete uma
combinação de fatores, destacando-se as taxas de juros reais praticadas no País, baixos juros reais
no mercado externo, forte liquidez internacional, consecutivos recordes na balança comercial
brasileira e grande volume de captações externas por empresas públicas e privadas.
Desempenho dos Negócios
As operações da AES Tietê são regulamentadas e fiscalizadas pela Aneel.
De acordo com seu contrato de concessão, a Companhia detém uma cota de 1.275 MW
médios de energia assegurada – quantidade disponível para venda em contratos de longo prazo,
gerada por suas dez usinas hidrelétricas.

Em 2005, a Companhia comercializou 12,8 mil GWh de energia, dos quais 11,2 mil GWh
foram vendidos por meio dos Contratos Iniciais e Bilateral, volume suficiente para abastecer
mais de cinco milhões de residências. O Contrato Bilateral firmado em 2000 com a
AES Eletropaulo absorveu 74,5% desse total.
Cumprindo o processo de desregulamentação do setor energético, os Contratos Iniciais sofreram
redução gradual, a partir de 2003, de 25% no volume anual de fornecimento. Nesse processo, foram
destinados, às distribuidoras contratadas antes da privatização, 75% da energia assegurada em
2003; 50% da produção obtida em 2004; e 25% do total gerado em 2005. A partir de 2006,
toda a energia disponível para venda será destinada a atender o Contrato Bilateral com a
AES Eletropaulo.
Gestão Operacional
A geração de 12,8 mil GWh ao longo de 2005 supera, em 7,6%, o volume registrado no
ano anterior e está 15% acima dos 11,1 mil GWh de energia assegurada, determinada pela Aneel.
Essa performance é reflexo do intenso programa de manutenção preventiva, para garantir que as
usinas mantenham seu índice de confiabilidade, um dos melhores do setor elétrico no País.
Estratégia Comercial
Na área comercial, a AES Tietê optou por manter um único contrato para comercializar 1.268 MW,
quase a totalidade da energia assegurada atualmente estabelecida pelo Poder Concedente.
Essa opção permite tornar o processo mais simples e previsível, já que as condições de fornecimento
no longo prazo desse volume de energia estão determinadas por um único contrato bilateral,
aprovado pelos órgãos reguladores. Do ponto de vista financeiro, a garantia de venda possibilita
que a Companhia desenvolva estratégias de gestão de longo prazo, sem risco de crédito.

O valor do contrato com a AES Eletropaulo foi determinado na sua assinatura, em 2000, tendo como
referência o valor normativo definido pela Aneel, e desde então vem sendo corrigido pela inflação.
Os leilões de energia realizados em 2005, no entanto, registraram preços de fornecimento inferiores
ao do Contrato Bilateral entre a AES Tietê e a AES Eletropaulo, reflexo do excedente disponível desde a
última crise energética, patamar que provavelmente não será mantido a médio e longo prazos.

Diante disso, ter um valor pré-pactuado até 2015 significa uma garantia de receita para a
AES Tietê e um hedge de preço tanto para a geradora como para a distribuidora e seus consumidores.
A segurança no fornecimento e no recebimento possibilita à Companhia garantir recursos para arcar
com seus compromissos financeiros, gerar benefícios para seus acionistas e realizar investimentos.
Gestão de Riscos
A AES Tietê adota uma série de procedimentos e iniciativas para minimizar os riscos inerentes
ao negócio, sempre buscando ampliar, aperfeiçoar e agregar novas metodologias,
procedimentos e ferramentas que reduzam sua exposição. Dentre essas ações, cabe destaque para:
Riscos Operacionais
Risco de Produto
A entrada em operação de usinas concorrentes no Sistema Interligado Nacional não afetará
o desempenho da Empresa, que tem assegurado o repasse da energia produzida até 2015.

Risco de Mercado
O contrato de fornecimento é um hedge, tanto para os volumes quanto para os preços de venda.
Há risco de despesas imprevistas, típico das atividades da Companhia, mas a margem de comercialização permite absorver uma eventual necessidade de desembolso extra,
sem grande impacto.

Risco de Operação
As falhas operacionais são passíveis de ocorrer, com reflexos tanto nos equipamentos quanto
na quantidade de energia gerada, mas suas conseqüências financeiras podem ser minimizadas.
A Companhia dispõe de seguro para as barragens que apresentam maior risco hidrológico e
para equipamentos, além do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).
O MRE é um mecanismo financeiro de compartilhamento de risco por meio do qual toda a
geração das usinas excedente à energia assegurada é “transferida” às usinas que tiveram
desempenho abaixo do nível assegurado, ao custo mínimo estabelecido para a água.
A compensação é feita por meio de fatura emitida pela Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica (CCEE) para liquidação ao final de cada período contabilizado.

Risco Ambiental
Na operação e manutenção das usinas, existe o risco de contaminação dos rios,
por vazamentos de óleos e/ou destinação incorreta de resíduos. Esses riscos são controlados
pelo Sistema de Gestão Ambiental, implantado em 2002, e pela adoção de tecnologias de ponta.
Na área patrimonial, as bordas dos reservatórios, consideradas Áreas de Preservação Permanente,
correm o risco de invasões. Para evitar esse problema, a AES Tietê dispõe de um Sistema de
Informações Geográficas, que permite acompanhar e fiscalizar eventuais ocupações.

Risco de Clima/Desastre
Os planos de contingência, seguros ou sistemas de back-up minimizam consideravelmente os
riscos decorrentes de alterações no clima. Para o caso de desastres naturais, como cheias que
possam comprometer as estruturas, foi criado um plano de atuação para vazões.
Em situações que excedam esse dimensionamento ou outras catástrofes, não existem
planos de contingência factíveis. Para reduzir as perdas decorrentes desses riscos, a
Empresa possui seguros nas modalidades Riscos Operacionais, que protege bens e instalações,
e Responsabilidade Civil, que visa a minimizar as perdas por danos causados a terceiros.

Riscos de Sistema, Gestão ou Controle
Existe risco de falhas nos sistemas de suporte, tanto operacionais quanto de gestão.
Nesses casos, as unidades geradoras podem ser operadas via painéis locais,
independentemente da coordenação do Centro de Operação.
Riscos Financeiros
Juros e inflação
A dívida da AES Tietê tem seu custo determinado a juros fixos e correção pelo IGP-M.
A oscilação dos juros no mercado interno não tem influência sobre o resultado da Companhia.
Os contratos de venda de energia têm reajustes definidos pelo IGP-M,
representando uma proteção natural para o custo da dívida.

Liquidez
Tendo como características a forte geração de caixa e a baixa necessidade de desembolsos
para investimentos em ativo fixo, a AES Tietê mantém uma situação de caixa confortável,
minimizando o risco de liquidez.

Câmbio
A totalidade da dívida da Companhia é cotada em moeda local, assim como a totalidade de
sua receita. O risco cambial é associado apenas a aplicações lastreadas em moeda estrangeira,
que representavam cerca de 12% da disponibilidade total em 31 de dezembro de 2005.